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Compulsório afeta otimismo de pequenas e médias
De acordo com pesquisa realizada pelo Insper e pelo Santander, confiança dos empresários na economia caiu nesse trimestre.
A confiança do pequeno e do médio empresário na economia brasileira para os primeiros três meses de 2011 caiu para 74,6 pontos em relação ao último trimestre de 2010, que foi de 75,5. Os números constam do Índice de Confiança para Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN), elaborado pelo Insper Instituto de Ensino e Pesquisa e pelo banco Santander Brasil. Em uma escala que vai até 100, o índice mostra que, mesmo com um recuo, os empresário continuam otimistas.
Segundo os números que compõem o IC-PMN, permanece a confiança dos empreendedores na manutenção de empregos. A expectativa de investimento em máquinas e equipamentos, no começo do próximo ano, subiu dois pontos entre os entrevistados.
Queda – As medidas do BC diminuíram o otimismo dos pesquisados. A confiança dos empresários na economia caiu de 73,7 para 71,4 pontos, e o otimismo sobre seus ramos de atuação declinou de 78,3 para 76,5 pontos. A expectativa de crescimento de faturamento para o começo de 2011 recuou de 79,8 para 78 pontos .
Segundo o professor do Centro de Pesquisa em Estratégia do Insper, José Luiz Rossi Junior, a possibilidade de aumento dos juros e o início do novo governo também explicam estes números. "A expectativa é de um crescimento sustentável, de médio e longo prazos, e menor em relação ao último ano", afirmou.
Crédito – O aumento do compulsório para empréstimos e financiamentos pelo Banco Central (BC), para frear o consumo, não deverá alterar o crédito para pessoas jurídicas. Para o superintendente-executivo de Pequenas e Médias Empresas do banco, Mario Fanucchi, a expectativa dos empresários de investir indica que a demanda por crédito continuará em alta.
No terceiro trimestre, esta carteira de clientes respondeu por um movimento R$ 20 bilhões. "O crescimento no crédito a pequenas e médias empresas foi de 10% em relação ao segundo trimestre. A maioria dos empréstimos têm duração de 25 meses", disse Fanucchi. A taxa de inadimplência caiu em 30% e, segundo o superintendente, foi estimulada por uma linha de crédito que isenta a última parcela do cliente que paga em dia.
Para o superintendente, os produtos de crédito voltados a pequenas e médias empresas não devem ter taxas de juros e prazos alterados em função das regras do compulsório.
Questionados sobre medidas importantes para o governo da presidente eleita, 66% responderam ser a diminuição da carga tributária, e 16% disseram que é necessário ampliar as linhas de crédito.
O estudo ouviu 1,2 mil empresas do setor de comércio, serviços e indústria, com faturamento de até R$ 30 milhões anuais, em todo o Brasil.