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Corretora independente ou de banco: o que analisar para fazer a escolha?
Informação. De acordo com a professora da FGV (Fundação Getulio Vargas), Myrian Lund, esse deve ser o diferencial para que o investidor escolha entre uma corretora independente ou aquela ligada a um banco, na hora de comprar ações.
Flávia Furlan Nunes
Informação. De acordo com a professora da FGV (Fundação Getulio Vargas), Myrian Lund, esse deve ser o diferencial para que o investidor escolha entre uma corretora independente ou aquela ligada a um banco, na hora de comprar ações.
Ela explicou que as independentes surgiram depois de várias brechas deixadas pelas corretoras de bancos. Dentre elas, estão não disponibilizar dados sobre as empresas com capital aberto (relatórios e análises) e não oferecer cursos de aprimoramento ao investidor.
"Se você está entrando de sócio em uma empresa, tem de ter o mínimo de informação", destacou a professora da FGV.
Custos
Questionada sobre se o investimento pela corretora do banco acaba sendo mais barato para quem é cliente da instituição financeira, Myrian disse que não, já que as estruturas da corretora e do banco são separadas.
Porém, uma vantagem de optar pela instituição financeira é que o investidor que também é correntista não precisa depositar dinheiro com antecedência para a compra de ações, diferentemente do que ocorre em uma corretora independente.
Mas os custos nas corretoras independentes, de acordo com Myrian, são menores, tendo em vista a forma como este mercado se estabelece, em busca do maior número de investidores. Confira abaixo quais são os custos para quem vai investir em qualquer tipo de corretora:
- Taxa de corretagem: pode ser usada uma tabela da Bovespa ou um preço fixo por operação, quando feito por home broker.
- Taxa de custódia: varia muito de corretora para corretora. Em algumas instituições, quem faz uma operação por mês não paga a taxa. "Tem de perguntar para a corretora, porque algumas isentam", destacou Myrian.
- Emolumentos: pago para a Bolsa, eles são fixos em 0,035% sobre o que é operado. Por isso, em relação a este custo, não há negociação, diferentemente do que ocorre com os demais.
Tesouro Direto
Quem quer investir em títulos públicos também deve recorrer a uma corretora (agente de custódia). Neste caso, a informação é importante, mas o investidor deve focar mais nos custos para fazer sua escolha entre as corretoras.
"Quando é investimento em ações, a informação é bastante importante, porque os ganhos são infinitos. Mas, no Tesouro, precisa analisar a corretora que cobra menos, porque o ganho é limitado, porque é renda fixa", explicou Myrian.
Para quem quer comparar custos, o próprio Tesouro Nacional disponibiliza uma lista em seu site (www.tesouro.fazenda.gov.br) com as corretoras e o que é cobrado.
Em relação à taxa de administração, a professora da FGV afirmou que, na maioria das vezes, ela é cobrada anualmente, o que não é certo, já que a corretora deveria cobrar por operação, quando realmente administra o recurso.